O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) decidiu aumentar a Selic, taxa básica de juros da economia brasileira, em 1 ponto percentual, para 13,25% ao ano. É a segunda alta consecutiva dessa magnitude.
A decisão unânime dos nove membros do Copom já era esperada pelo mercado financeiro, uma vez que, em dezembro, o comitê avisou que poderia realizar mais duas elevações de 1 p.p. nas reuniões de janeiro e março, chegando a 14,25% ao ano no final do primeiro trimestre de 2025, para tentar domar a inflação.
O aumento da taxa de juros encarece principalmente o crédito e os serviços financeiros. Ou seja, fica mais alto o custo dos empréstimos pessoais e para empresas, dos financiamentos imobiliários e para a compra de veículos.
O comitê justificou a decisão dizendo que a inflação no Brasil está acima da meta e continua subindo. A projeção do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o índice oficial de inflação do país) se encontra acima do limite definido pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), que, com a margem de tolerância, varia entre 1,5% e 4,5%.
Na última edição da pesquisa semanal Focus, do próprio BC, os especialistas aumentaram a previsão para o IPCA de 2025 pela 15ª vez consecutiva, para 5,5% ao final do ano.
O Copom também citou um cenário externo "desafiador", principalmente por causa das incertezas sobre a política econômica nos Estados Unidos. Segundo comunicado divulgado junto com a decisão de elevar a Selic, o Copom disse que existem dúvidas sobre o ritmo da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed (Federal Reserve, o banco central americano).
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